O que me vai na alma...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Era uma vez...

... um príncipe... ou uma princesa... como queiram...
[vou passar a narrar o resto da história referindo-me ao príncipe, mas podem sempre ir fazendo as alterações de género se por acaso preferirem uma história com uma heroína princesa]

Recomeçando,

Era uma vez, um príncipe...
... bonito, inteligente, bem-humorado, simpático...
... mas que tinha um grande problema que o impedia de ser feliz na sua plenitude.

A sua família estimava-o muito. Tinha uma relação franca e harmoniosa com os pais e irmãos. Até com os criados era bastante afável, era querido e admirado entre todos. Neste domínio não sentia qualquer limitação...

Tinha muitos amigos, com quem se divertia imenso, de quem gostava muito e por quem era bastante apreciado. Era um príncipe divertido, que gostava imenso de sair e de fazer grandes farras com os amigos. Ele era capaz de criar e manter empatias, tinha amizades muito fortes e duradouras. Também não tinha qualquer limitação neste domínio.

Tinha um trabalho que adorava, tinha estudado nas melhores escolas e era um dos mais conceituados profissionais na sua área! No que diz respeito à sua vida profissional, tudo corria às mil maravilhas.

Apesar de ser bonito e de atrair a atenção de muitas mulheres no reino e fora dele, princesas ou não... apesar de se ter apaixonado diversas vezes... apesar de ter já tido alguns relacionamentos mais ou menos sérios... a verdade é que este príncipe não era capaz de amar, de se entregar, de partilhar a sua vida com ninguém. E por isso, vivia infeliz, sentia-se solitário, embora por vezes estivesse rodeado de imensos amigos e familiares que muito lhe queriam bem!

A consciência dessa sua incapacidade ainda o deixava mais triste e desiludido consigo mesmo. Sempre que se voltava a apaixonar, pensava que iria ser diferente... mas, depois, via-se a fazer constantemente os mesmos erros: a entregar-se e a fugir, a confiar e a desconfiar, enfim... via-se constantemente no meio de enredos incoerentes, criados única e simplesmente por causa dessa sua incapacidade de amar, de se entregar... e elas acabavam por desistir, por sair magoadas e por o deixarem sozinho, mesmo que muitas vezes ainda o continuassem a amar...

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[aceitam-se sugestões para o final desta história... gostaria que acabasse como as típicas histórias de encantar, mas, sinceramente, não sei se desta vez isso será possível... porque nesta história de encantar não podem entrar seres sobrenaturais, como as fadas, que com as suas varinha mágicas e pózinhos de perlimpimpim resolvem todos os problemas. Será o príncipe capaz de resolver esta sua incapacidade e ser feliz? Não sei, sinceramente não sei...]


1 comentário:

Anónimo disse...

Parece que essa história não está mesmo fadada para um fim feliz.
Acontece muito, mesmo que a gente não queira!
Desejo boa sorte ao príncipe - que ele se encontre e consiga ser feliz e fazer outros felizes. É uma arte difícil... mas compensadora!
E para a princesa vão os meus votos de boa sorte.