O que me vai na alma...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feliz Natal / Merry Christmas / Joyeux Nöel / Fröhliche Weihnachten / Feliz Navidad / Buone Feste Natalizie / ευτυχή Χριστούγεννα


Neste Natal, vou plantar uma árvore dentro do meu coração e nela colocarei, no lugar de presentes, enfeites natalícios e afins, os nomes das pessoas que fazem parte da minha vida.

As que vivem longe e as que vivem perto;
As antigas e as mais recentes;
As que vejo todos os dias e as que raramente vejo;
As que recordo frequentemente e as que às vezes esqueço;
As das horas difíceis e as das horas alegres;
As que sem querer feri e as que sem querer me feriram;
Aquelas que conheço profundamente e aquelas que conheço superficialmente;
As que me recordam e as que recordo;
Aquelas que me ensinaram e as que se deixaram ensinar por mim...

Este Natal, vou plantar uma árvore de raízes muito profundas para que os nomes destas pessoas nunca sejam arrancados do meu coração.

FELIZ NATAL A TODOS!!!!!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A beleza da simplicidade




[Nikita @ Serra da Freita - Arouca / Aveiro]


Branco, branco, branco...
Frio, frio, frio...
Risos, brincadeiras, felicidade...

As coisas mais belas são as mais simples!


sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A desumanidade da Humanidade

Fui ver...
consciencializador...
chocante... assustador...
retrato desumano da Humanidade...
tão horroroso e tão potencialmente verdadeiro...
IMPERDÍVEL!

Ecos...


Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo...

Há uma hora estava a fazer aquilo! Agora estou a fazer isto! Mas já me devia estar a preparar para fazer o que tenho de fazer a seguir!


Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo...


Há bocado estava ali! Agora estou aqui! Mas já devia estar a ir para acolá!


Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo... Tempo...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

As TIC e as relações humanas



Num mundo cada vez mais marcado pelas TIC, as relações acabam por ser cada vez mais iniciadas, construídas e, naturalmente, terminadas à distância, mediadas pelo ecrã de um computador, à distância de um clique! Será isto bom? Mau? Depende do contexto inerente a cada relação e do tipo de relação que se quer.

Eu sou adepta das TIC, mas no que toca a relações humanas tenho vindo a mudar a minha opinião. Não dispenso o calor de uma conversa in presentia, a troca de olhares, os sorrisos, o toque, o descodificar das emoções que muitas vezes se tentam esconder por detrás das expressões faciais (e tão facilmente dissimuladas atrás de um ecrã de computador). Não dispenso isso e cada vez estou mais certa que não há nada que possa substituir essa forma tão rudimentar e pouco inovadora de socializar!

Mas, no nosso mundo, cheio de ligações em rede, hi5, Facebook, e afins... "apagar" uma pessoa da nossa "vida" (ou pelo menos, fazer com que ela saia da nossa rede de amigos disponível na Internet) é possível... e tão fácil, como dá a entender esta música.
Quando a ouvi pela primeira vez, tive uma reacção naturalíssima: rir, rir, rir e rir! "Quem se lembra de escrever uma música com um refrão como este?!" - pensei eu. Mas, logo a seguir dei comigo a pensar: "Quantas e quantas pessoas já não fizeram isto?" - eu própria já fiz - "E vale a pena?"
No meu caso particular, não valeu, porque a pessoa em questão foi apagada de facto do meu grupo de amigos do hi5, mas não da minha vida, e ainda bem! Porque nós somos feitos do nosso passado e não o podemos apagar ou esquecer só porque resolvemos seguir em frente! O que fiz para resolver este imbróglio? Falei com a pessoa em questão, que entretanto se tinha apercebido, pedi desculpa e voltei a integrá-la no meu grupo de amigos.
O que aprendi? Aprendi que não vou mais "apagar" ninguém da minha "vida", mas antes "actualizar" o significado e o papel que cada pessoa vai tendo na minha "vida" sempre que for necessário!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Porque sim...

[Nikita, Outubro'o7 @ Durham, UK]

... porque adoro o Outono, as suas cores, as suas texturas...
... e... porque adoro cogumelos!
... e... porque esta foto tem muito significado para mim!
... porque me lembra a altura em que a minha vida começou a mudar!
... há cerca de um ano...
... far, faraway from here!!!!!

:D

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O desperdício da vida

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está
no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade".

[Carlos Drummond de Andrade]

quinta-feira, 23 de outubro de 2008


Nunca desvalorizes ninguém
Guarda cada pessoa perto do teu coração
Porque um dia podes acordar
E perceber que perdeste um diamante
Enquanto estavas muito ocupado(a) a coleccionar pedras.

[desconheço o autor]

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Música e estados de espírito (11)...


Esta é, sem dúvida, uma das minhas músicas do momento!
Dá-me força para continuar a lutar pelos meus sonhos!
Quando a ouço, sinto-me fortalecer!
E, sim, o refrão acaba por traduzir o que sinto neste momento:
Together we're invincible!


Follow through
Make your dreams come true
Don't give up the fight
You will be alright
Cause there's no one like you in the universe

Don't be afraid
What your mind consumes
You should make a stand
Stand up for what you believe
And tonight
We can truly say
Together we're invincible

During the struggle
They will pull us down
But please, please
Lets use this chance
To turn things around
And tonight
We can truly say
Together we're invincible

Do it on your own
It makes no difference to me
What you leave behind
What you choose to be
And whatever they say
Your souls unbreakable

During the struggle
They will pull us down
But please, please
Let use this chance
To turn things around
And tonight
We can truly say
Together we're invincible

[Invincible, Muse]

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O amor não é... (1)

... um sentimento de posse!


"Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca."

[Antoine de Saint-Exupéry, in Cidadela]

sábado, 4 de outubro de 2008

Porque sim...


Quem consegue resistir a este olhar????
Porque hoje é o Dia Mundial do Animal, cá fica a foto do meu fiel amigo, o meu cão... que adoro!


segunda-feira, 22 de setembro de 2008


[este "segredo" foi retirado daqui]

Arco-íris


Lá fora, a chuva não pára de cair!
O cheiro a terra molhada invade os meus sentidos...
O vento sopra e as folhas salpicam de cor o chão que piso...
Lá fora, chegou o Outono!

Cá dentro, o Sol não pára de brilhar!
O calor que emana aquece o meu coração...
A sua luz reflecte um brilho intenso de felicidade no meu olhar...
Cá dentro, chegou a Primavera!

Esta manhã, quando saí à rua, o Sol que brilha dentro de mim juntou-se à chuva que caía do céu.
E desta junção nasceu um lindo, brilhante e grandioso Arco-Íris!
Símbolo da ponte entre o real e o imaginário, este Arco-Íris representa, para mim, a busca do sonho, a luta pela felicidade e a convicção de que ela está cada vez mais próxima!
Não vou nunca parar de sonhar!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Consultas on-line


[no msn]

Ele diz: tas ai
Ela diz: isso é uma pergunta?
Ela diz: sim, estou
Ele diz: tas bem
Ela diz: sim e tu?
Ele diz: eu e naquela
Ela diz: então, passa-se alguma coisa?
Ele diz: e meu carro
Ele diz: e uma gaja ke gosta de mim
Ele diz: ela 5 estrelas
Ele diz: mas eu nao gosto
Ele diz: e fodido
Ele diz: tou deitar raparigas 5estrelas fora
Ele diz: parece ke nao gosto de ninguem
Ele diz: sera ke sou gay

[Qual Maria, qual quê?! Msn é que está a dar!!!! O que se diz a uma dúvida destas?! Aceitam-se sugestões para ajudar este pobre rapaz...]

terça-feira, 2 de setembro de 2008

sábado, 23 de agosto de 2008

Música e estados de espírito (10)

[Michael Bubblé, Home]

Hoje dei por mim a ouvir esta música e a sorrir... e curiosamente a recordar bons momentos ao lado da pessoa que provavelmente mais me magoou até hoje! Mas também ao lado da qual mais feliz fui e melhores momentos passei até ao momento!

Esta música lembra-me um dos melhores momentos da nossa relação e fez-me recordá-los com doçura, com um sorriso nos lábios e com o coração em paz e harmonia! Não, não me senti nostálgica, não senti saudades, não me escorreram as lágrimas de dor ou de rancor! Apenas senti carinho por esses momentos, doçura e leveza, pois lembrou-me uma época em que realmente me sentia feliz!

Respirei fundo, sorri e pensei: "Já não sinto rancor! Já não dói! Já não choro quando recordo os bons momentos partilhados! Mais uma etapa ultrapassada!"

E é tão boa esta sensação! :D

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O que eu não dava por...


... uma BOMBOCA!!!!

... fofinha...

... fresquinha...

... docinha...


Mas que bela recordação de infância!

sábado, 16 de agosto de 2008

Amor é... (10)

... LINDO!!!!!!!!!



[é a conclusão a que chego depois de ter visto a cumplicidade e a felicidade estampada no rosto dos noivos que vi casar ontem! Liiiiiiiindoooooo... até fiquei com vontade de casar também ;)]



[Nikita, flores com que abençoámos o enlace do casamento de ontem]

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Frases de (des)engate

Para todos os homens que aqui vierem parar e leiam este post (por acaso ou por serem leitores assíduos ou esporádicos deste espaço), fiquem a saber que existem algumas frases que NÃO são de engate, muito pelo contrário, são de DESengate!!!!

Se a ideia é pôr as raparigas a milhas, usem-nas!
Se a ideia é tentar uma aproximação, NUNCA, mas mesmo nunca, as usem.

Cá vai a minha selecção:

TOP 3 para frases de desengate:

1. "Posso te conhecer?"
[Péssima abordagem: por muito interessante que sejas, a resposta natural é "Não!". Além disso, isso não se pede... isso faz-se com tempo e vontade de parte a parte. Numa situação destas, o máximo que geralmente se consegue é saber o nome - com frequência falso.]

2. "Tens lume?"
[Que falta de imaginação... Para já, não fumo, logo a resposta é "Não!". Por acaso, até às vezes tenho isqueiro comigo, mas não é para andar a gastá-lo com desconhecidos, por muito interessantes que sejam. E além do mais, não é estranho que no meio de um bar cheio de fumadores venham pedir lumes justamente a alguém que não esteja a fumar?! Que falta de perspicácia!]

3. "Queres vir ali ao lado tomar um café?"
[Por amor de Deus!!!!! Eu até adoro café... mas... quem se lembra de convidar alguém que não conhece para ir tomar um café "ali ao lado"... Que falta de sentido de oportunidade! Que falta de sentido de ridículo! Que falta de saber estar! Dasse...]

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Specialness


Estas são as duas reflexões de final de dia, depois de ter assistido ao filme Panda Kung Fu, supostamente para crianças:
"To make something special,
you just have to believe it's special."
"There is no secret ingredient, just yourself!"
A "specialness" está onde queremos acreditar que ela está. O que faz de alguém especial ou de algum momento especial? O que faz a aletria da minha mãe especial? O que faz uma música ou um livro especial? Não existe "ingrediente secreto", não existe segredo... o que faz algo ou alguém especial é a nossa vontade em tornar esse algo ou esse alguém especial! E o que faz com que deixem de ser especiais é, igualmente, a nossa vontade! Como defendia Antoine de Saint-Exupéry no Principezinho, o mais importante é invisível aos olhos e é isso que faz as pessoas, os momentos, as coisas especiais. Porquê? Porque muitas vezes a "specialness" e a capacidade de a ver reside em nós e não nos outros!
O mesmo se aplica a nós! A auto-confiança, a auto-estima, a segurança, o respeito e o orgulho em nós próprios e nas nossas escolhas são o nosso ingrediente especial. Como diz o ditado: "se eu não gostar de mim, quem gostará?"

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Mimos


[As coisas fantásticas que nos dizem... as tampas dos iogurtes! Mas, mimos são mimos e sabem sempre muuuuuuito beeeeeeem! :D]

Enfim... Férias!

[Nikita, Agosto'08]
[Começo a pensar seriamente que estou a ficar blog addict... Nem de férias consigo deixar de blogar! Grave, muito grave... :S]

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Pôr-do-Sol

[Nikita, Agosto'08 - o meu esconderijo]

Adoro o pôr-do-sol...
É dos meus momentos do dia preferidos...
As cores, a calma, a simbologia...
O mar, a praia, as gaivotas...
O cenário perfeito!

Amanhã é um novo dia!
Nada é eterno!
Tudo se renova!
Tudo se transforma!

domingo, 3 de agosto de 2008

Música e estados de espírito (9)

Esta música...
...quando a ouço, fico noutro mundo!
A sonoridade, a melodia, a mensagem e, sobretudo, a voz fantástica, levam-me para longe...
... mais palavras para quê?!

Uma das músicas da banda sonora da minha vida neste momento, sem sombra de dúvida!

The Story, by Brandi Carlile

[All of these lines across my face / Tell you the story of who I am / So many stories of where I've been / And how I got to where I am / But these stories don't mean anything / When you've got no one to tell them to / It's true...I was made for you]

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Comunicação ou diálogo de surdos?


"A comunicação, no entanto, é um elemento banal da nossa vida. A nossa existência é tecida de comunicações mais ou menos fragmentadas, mais ou menos bem sucedidas. Além disso, cada pessoa tem já os seus hábitos, as suas atitudes perante os seus semelhantes: circuitos de fuga ou de recuo, consoante se sente mais ou menos vulnerável, ou sente o vizinho como mais ou menos temível. Cada pessoa elabora, assim, para viver, um sistema mais ou menos consciente de protecção contra o que provém dos outros, os riscos de influência, de curiosidade ou de apego. Em resumo, uma autêntica camuflagem transforma as nossas relações com os nossos semelhantes em diálogos de surdos."


[Luc Albarello et al, Práticas e Métodos de Investigação em Ciências Sociais]

Música do momento

And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...
And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...
Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new

[The Blowers Daughter, Damien Rice]

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Chocada...

Acabei de ver esta reportagem...
... fiquei sem palavras...
... como é possível destruir assim uma vida????
... como é possível bater tão lá no fundo???

Como se ajuda uma pessoa destas???
Quererá ela ser ajudada???

É a vida, eu sei... mas não consigo ficar indiferente...

Argggggghhhhh

:S

Castigos bizarros

Num centro comercial, enquanto o filho de 3/4 anos faz uma birra daquelas, a mãe diz com um ar sério e ameaçador:

- E ficas já a saber, a seguir vais dormir a sesta e mais nada!

[Também quero!!!!! Só a mim, ninguém me castiga assim...]

quarta-feira, 30 de julho de 2008

O amor é... (9)


... finito!


Ora vejam o teor desta notícia! Tudo acaba...


[Mas, seria isto verdadeiramente amor? Não acredito muito em amor à primeira vista! À primeira vista, só nos atraímos pela "embalagem", e isso também é muito importante. Mas, Amor, é muito mais do que isso... requer o conhecer e o apreciar o "conteúdo"... requer cedências, negociação, partilha... lágrimas e sorrisos... cumplicidade... longas conversas e longos silêncios... enfim, o Amor constrói-se, solidifica-se, não se sente assim, de um momento para o outro! Isso é paixão, e mais cedo ou mais tarde, vai-se...]


terça-feira, 29 de julho de 2008

Frases insólitas (1)


Ontem, ouvi este comentário:


- Nós, mulheres, somos bicéfalas! Eles não, são limitados!


[Daaaaaah!!!! Já ouviram dizer que ser bicéfalo é um problema, que é uma má-formação no cérebro e que traz muitas, mas mesmo muitas, e graves complicações!!!!! Depois, os homens é que são limitados :S]

Era uma vez...

... um príncipe... ou uma princesa... como queiram...
[vou passar a narrar o resto da história referindo-me ao príncipe, mas podem sempre ir fazendo as alterações de género se por acaso preferirem uma história com uma heroína princesa]

Recomeçando,

Era uma vez, um príncipe...
... bonito, inteligente, bem-humorado, simpático...
... mas que tinha um grande problema que o impedia de ser feliz na sua plenitude.

A sua família estimava-o muito. Tinha uma relação franca e harmoniosa com os pais e irmãos. Até com os criados era bastante afável, era querido e admirado entre todos. Neste domínio não sentia qualquer limitação...

Tinha muitos amigos, com quem se divertia imenso, de quem gostava muito e por quem era bastante apreciado. Era um príncipe divertido, que gostava imenso de sair e de fazer grandes farras com os amigos. Ele era capaz de criar e manter empatias, tinha amizades muito fortes e duradouras. Também não tinha qualquer limitação neste domínio.

Tinha um trabalho que adorava, tinha estudado nas melhores escolas e era um dos mais conceituados profissionais na sua área! No que diz respeito à sua vida profissional, tudo corria às mil maravilhas.

Apesar de ser bonito e de atrair a atenção de muitas mulheres no reino e fora dele, princesas ou não... apesar de se ter apaixonado diversas vezes... apesar de ter já tido alguns relacionamentos mais ou menos sérios... a verdade é que este príncipe não era capaz de amar, de se entregar, de partilhar a sua vida com ninguém. E por isso, vivia infeliz, sentia-se solitário, embora por vezes estivesse rodeado de imensos amigos e familiares que muito lhe queriam bem!

A consciência dessa sua incapacidade ainda o deixava mais triste e desiludido consigo mesmo. Sempre que se voltava a apaixonar, pensava que iria ser diferente... mas, depois, via-se a fazer constantemente os mesmos erros: a entregar-se e a fugir, a confiar e a desconfiar, enfim... via-se constantemente no meio de enredos incoerentes, criados única e simplesmente por causa dessa sua incapacidade de amar, de se entregar... e elas acabavam por desistir, por sair magoadas e por o deixarem sozinho, mesmo que muitas vezes ainda o continuassem a amar...

........................................................................................................................

[aceitam-se sugestões para o final desta história... gostaria que acabasse como as típicas histórias de encantar, mas, sinceramente, não sei se desta vez isso será possível... porque nesta história de encantar não podem entrar seres sobrenaturais, como as fadas, que com as suas varinha mágicas e pózinhos de perlimpimpim resolvem todos os problemas. Será o príncipe capaz de resolver esta sua incapacidade e ser feliz? Não sei, sinceramente não sei...]


sábado, 26 de julho de 2008

8 coisas que gostaria de fazer antes de morrer...


Pois, o TT passou por aqui e desafiou-me a pensar neste tema.
Foi complicado, há tanta coisa que gostaria de fazer antes de deixar este mundo e este corpo.
Bem, aqui vai a selecção das 8 coisas essenciais que gostaria de conseguir fazer:

1. Encontrar paz, harmonia e ser feliz!
[É básico, eu sei... Pode ser já?!]

2. Aprender uma lição de vida e passar a valorizar apenas quem me valoriza a mim!
[isto gostaria de aprender, se fosse possível, já a partir de ontem ;) De certeza que em muito contribuíria para o meu desejo anterior!]

3. Dar aos meus pais, aos meus avós, à minha mana e aos meus amigos mais queridos muitos motivos para sorrirem e para se sentirem orgulhosos de mim!
[Vê-los felizes e a sorrir deixa-me a mim tão feliz!!!!!]

4. Ter o meu espaço, pensado e montado por mim e por quem o partilhe comigo, não importa onde.
[Uma casa é um refúgio, um centro de energias, de segurança, de harmonia... não o é sempre, mas este espaço que gostaria de construir terá de ser isto para que me sinta feliz! Terá de ter, também, janelas grandes para entrar a luz do Sol, linhas simples e rectas, e, essencial, terá de misturar 3 materiais que adoro: pedra, madeira e ferro. E, claro, um grande jardim... É tão bom sonhar...]

5. Ter filhos, vê-los crescer, educá-los, vê-los ganharem asas e voarem.
[Haverá realização maior do que esta?]

6. Andar de balão de ar quente com a minha alma-gémea.
[Depois de a encontrar, claro!]

7. Voltar a dar aulas!
[É a minha grande paixão!]

8. Dar uma volta ao mundo, com paragem obrigatória em pelo menos um destino de cada continente:
Europa - Itália; América - Chile; África - Quénia; Oceania - Timor; Ásia - Israel...
[Adoro viajar... conhecer outros povos, outras culturas... experimentar novos sabores, outras formas de preparar comida... dançar ao som de outros ritmos... respirar outros odores... ouvir outras línguas, outras entoações...]

[Pronto, TT, cá está a resposta ao teu desafio. Mais uma vez, vou desobedecer às regras e não vou desafiar ninguém... como já expliquei num post anterior, não acho grande piada a estas correntes... mas, tal como da outra vez em que respondi a um desafio, também me deixei entusiasmar com o tema. :)]

quinta-feira, 24 de julho de 2008

As distâncias...


«Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:

- Por que é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

- Gritamos porque perdemos a calma. - disse um deles.

- Mas, porquê gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? - questionou novamente o pensador.

- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça! - respondeu outro discípulo.

E o mestre volta a perguntar:

- Então não é possível falar-lhe em voz baixa?

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:

- Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância, essas pessoas têm de gritar para se poderem escutar mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais alto terão de gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que acontece quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam, falam suavemente. E porquê? Porque os seus corações estão muito perto, a distância entre elas é pequena. Às vezes os seus corações estão tão próximos, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não precisam sequer de sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo:

- Quando vocês discutirem, não deixem que os seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.»

[Desconheço o autor]

quarta-feira, 23 de julho de 2008

domingo, 20 de julho de 2008

O mais importante é invisível!


"- O deserto é belo - acrescentou.

É verdade. Sempre gostei do deserto. Sentamo-nos numa duna de areia. Nada se vê. Nada se ouve. E, no entanto, algo irradia beleza em silêncio...

- O que empresta beleza ao deserto - disse o principezinho - é ter um poço escondido em qualquer sítio...

Fiquei surpreendido por compreender, subitamente, aquela misteriosa irradição da areia. (...)

- Sim - respondi ao principezinho -, quer se trate da casa, das estrelas ou do deserto, o que lhes empresta a beleza é invisível!"


[Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho]

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Dor de cotovelo

[No ginásio...]

Ela: Olha, eu conheço aquela! É professora, estava nas ********!
Eu: Sim, também conheço, foi minha colega na escola [X]. Não é nada simpática!
Ela: Também fiquei com essa impressão, é estranha!
Eu: Estranha e deve ter a mania que é boa!
Ela: Ya, olha para aquela barriga durinha! Dasse...
Eu: E ainda por cima usa aqueles tops que lhe ficam tão mal...
Ela: Podes crer! E as pernas?!
Eu: Porra! Onde está a celulite?!
Ela e Eu (ao mesmo tempo): Gaja nojenta! [Gargalhada]
Eu: Nós somos horríveis!
Ela: Vê bem o que conseguimos dizer da pobre mulher em menos de 2 minutos!
Eu: A inveja, ai a inveja!!!!!
[Gargalhada]

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Sair da casca


E se uma pessoa que não visses há muito tempo te dissesse:

- Olha, a [Nikita] saiu-se das cascas!


Como interpretarias isso?! Mesmo que to dissessem com um sorriso nos lábios, um abraço apertadinho e dois beijinhos bem barulhentos?!


A mim disseram-mo hoje... e fiquei confusa... :S
Se, por um lado, interpretei como um elogio, por outro lado, não gosto desta expressão, para mim tem um sentido denotativo... Digo-o de alguém quando acho que a pessoa em questão se está a revelar outra, normalmente diferente negativamente de quem eu pensava que essa pessoa era.
[Mas podem ser manias de quem valoriza muito o peso e o significado das palavras...]

sábado, 12 de julho de 2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Há momentos assim...


"Há momentos em que parto não sei para onde. Navegação espiritual. Ou dispersão na terra abstracta, a única que se vê quando não se vê. São as grandes caçadas dentro de mim mesmo, a busca da magia perdida, uma palavra cintilante, uma perdiz imaginária, um sopro, um ritmo, uma espécie de bafo. Como o teu. Às vezes sinto-o, outras não. Mas sei que estás aí, algures, enroscado na minha própria solidão."


[Manuel Alegre, Cão como Nós]

terça-feira, 8 de julho de 2008

Empatia


"A empatia só se cria se,

diante dos nossos olhos,

tivermos outros olhos,

se tivermos um rosto humano."


[Alice Vieira]



[Obrigada, Mestre, por teres partilhado comigo estas palavras! Foi apenas uma das coisas que aprendi hoje contigo! Parabéns!]

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O regresso...


"All good things comes to an end!"

... é sempre a primeira frase que me vem à cabeça quando regresso de viagem...


Nos últimos momentos, já sinto nostalgia dos espaços, das pessoas, dos aromas e sabores que me acolheram durante as minhas estadias fora de casa...

Depois, penso nas pessoas que me aguardam, nas saudades que já sentia, na alegria do reencontro...

E um misto de sentimentos apodera-se de mim: tristeza, nostalgia do que vou deixar; alegria e ansiedade em relação ao que vou reencontrar...


Quando chego, gostaria de ter força e energia para transmitir o entusiasmo da viagem, das experiências vividas... mas... não consigo... durante os primeiros tempos custa-me falar nisso, custa-me partilhar, porque, no meu íntimo, ainda estou a processar, ainda estou a moldar-me ao que de novo vivenciei, reconstruindo-me, tornando-me numa pessoa um pouco diferente, enriquecida (ou não) com essas novas experiências e vivências...

Os espaços, os gestos, os contactos... tudo parece diferente, estranho... O meu quarto parece maior; os meus pais parecem diferentes, mais bonitos, mais novos; eu sinto-me estranha, não sei o que dizer, como me comportar... Durante os primeiros tempos, sinto-me quase a "vaguear" sobre mim... nem parece que sou eu que tenho controlo sobre o que faço e digo... sinto que me estou a readaptar ao meu habitat...


Até que, a seu tempo, horas, dias, semanas, depende... tudo volta à normalidade!

Renasço EU, a mesma pessoa de sempre na essência, mas enriquecida com todo o processo de contacto com outras pessoas, outras formas de estar na vida, outras culturas... enfim, enriquecida com todo o processo de construção de novas aprendizagens!

Só aí, nesse momento, consigo falar com entusiasmo do que vivi, só aí consigo partilhar as experiências e aprendizagens!


É nesse momento que os olhos brilham, pois é o momento do reencontro comigo mesma!

domingo, 29 de junho de 2008

Os nossos corpos...




"Os nossos corpos. No cemitério de pianos, a noite era negra, era absoluta. Dentro desse tempo opaco, os nosso corpos existiam. Os meus braços salvavam-se ao envolvê-la. As minhas mãos procuravam paz na superfície certa das suas costas. Os nossos lábios sabiam como encontrar-se. As nossas bocas construíam formas: tantos detalhes: formas que ninguém em toda a história do mundo conseguiu imaginar, formas impossíveis de serem imaginadas por pessoas vivas com pensamentos comuns de pessoas, formas irrepetivelmente concretas. Os nossos lábios. As nossas línguas sentiam o sabor das nossas bocas: a saliva morna, o sangue morno. E os meus lábios alastravam. Os meus lábios estendiam-se na pele do seu rosto. Segurava-lhe a cabeça: os dedos entre os cabelos: e os meus lábios misturavam-se na pele do seu rosto. A palma da minha mão direita descia pelo seu corpo, pela linha do seu corpo, passava pela cintura e descia, procurava o fim do vestido, encontrava as pernas dela e subia. Subia, pelo interior das suas coxas. E os meus lábios estavam ainda e também nos seus lábios porque respirávamos a mesma respiração. A ponta dos meus dedos deslizava, subia pelo interior quente, liso das suas coxas. Esse caminho era longo. Ela pousava uma mão à volta do meu braço. A ponta dos meus dedos deslizava e, no momento em que tocava o algodão das suas cuecas, sentia a mão dela a apertar-se à volta do meu braço e, ainda, respirávamos a mesma respiração. Os meus dedos, apertados pelas suas pernas, sentiam, devagar, o centro das cuecas de algodão, suaves depois do algodão, quentes depois do algodão. A palma da minha mão, sobre as cuecas, sentia os pêlos por baixo das cuecas. Os meus dedos: o meu corpo todo: os meus dedos sentiam, devagar, o algodão quente, húmido. Os nossos corpos desenhavam-se a negro no negro. Um pedaço de céu escuro da noite entrava pela janela do cemitério dos pianos. Era essa quase nenhuma claridade que mostrava as sombras e os contornos do corpo dela no momento em que lhe levantava o vestido até à cintura e lhe deslizava as cuecas pelas pernas. E deitava-a sobre um piano: o seu corpo: o meu corpo: os nossos corpos."

[In: José Luís Peixoto, O Cemitério dos Pianos]


[Delicioso, impressionista, realista... Cada vez fico mais fã de José Luís Peixoto! Não pára de me surpreender... Tive de interromper a leitura para vir partilhar este excerto FABULÁSTICO!!!!]

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ni Hao!!!! (from Hong Kong)


Do outro lado do mundo, numa cultura completamente diferente da minha, rodeada por cheiros, aromas, sabores, paisagens, sensações e sensações novas, mas... sem máquina fotográfica!


Triste com isso?! Talvez um pouco...

Mas, se pensar bem, o que são as fotografias? Imagens estáticas, que só têm valor se realmente tivermos estado nos sítios, vivido os momentos, aspirado os cheiros, provado os sabores, sentido as emoções do momento... sem isso, não passam de imagens, que poderiam ter sido trazidas por qualquer outra pessoa...

Sem máquina fotográfica, aprendi a sentir mais as coisas, a aspirar mais os cheiros, a deixar que as paisagens entrem pelos meus olhos, se fixem e se guardem na minha memória... aprendi a não me preocupar em captar o momento pela objectiva, mas antes pelos meus sentidos... pelos olhos... pelos ouvidos... pelas narinas... pelo tacto... e, sobretudo, pelo sabor...


Por cá continuarei mais uns dias, a tirar fotografias "com os olhos e com os ouvidos e com as mãos e os pés e com o nariz e a boca", como fazia o mestre Caeiro para pensar!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Portas da Vida (2)


É impressionante como a vida nos surpreende!
É impressionante como a vida nos vai apresentando portas e janelas quando menos esperamos!
E o que consegue ser ainda mais impressionante é como nos faz passar mais do que uma vez à frente da mesma porta, quando, por acaso, passamos por ela sem nos darmos conta!

Neste momento, surgiu no corredor da minha vida uma nova porta, que ando a mirar, a examinar, curiosíssima por saber o que está do lado de lá!
Curiosamente, da primeira vez que passei por ela, mal reparei! Talvez andasse deslumbrada com outra porta...
O facto é que, desta vez, não me passou despercebida! Gostei do aspecto da porta... a madeira pareceu maciça, de boa qualidade... embora não lhe tenha tocado, a textura sugeriu-me um misto de material árido, mas suave... esse aspecto deixou-me intrigada (gosto de desafios)... aproximei-me, sem tocar, e examinei o que os meus olhos puderam... sem que ninguém visse, encostei o ouvido à porta, e gostei dos sons que de lá saíam...

Agora estou num dilema: o que faço?!
- continuo a observar a porta, na expectativa de conhecer um pouco mais do seu interior?!
- espreito pela fechadura?! eu sei que isso é feio, que não se faz... mas também não se escuta por detrás das portas e eu fi-lo...
- deixo que a porta dê um sinal que se quer abrir para mim ou o contrário?!
- e se se abre e o que lá está dentro me desilude?! vale a pena correr o risco?! sei por experiência própria como este tipo de portas custa a fechar depois de abertas...
- pior, e se o que lá está dentro me deslumbra, mas não é para mim?! se calhar o melhor é afastar-me enquanto é tempo...

Bem, para já, não faço nada!
Tenho 2 semanas de retiro, longe dessa porta... pode ser que até à hora do novo cruzamento com ela, estas ideias já estejam mais assentes... I HOPE SO!!!!

[Mas que gostei de me sentir assim novamente, lá isso gostei! :D]

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Obrigada...


Vou voar pelas minhas próprias asas!
Estás feliz por isso, eu sei...
Mas choras... e eu sei porquê...
Vou bater as asas,
vou deixar o teu ninho e
começar a construir o meu ninho.

Não tenhas medo,
porque, no meu novo ninho,
o teu será/terá sempre continuidade!
Orgulha-te!
Afinal a tua "pardalinha" vai voar!
E nesses voos, o teu ninho
será sempre um porto de abrigo privilegiado!

Obrigada pelo apoio, pelo carinho,
pelos teus ensinamentos de vida,
por me teres tornado naquilo que sou!
Obrigada por teres a tua asa sempre disponível
para me abrigar!
Obrigada por tudo, MÃE!

[Amo-te!]

segunda-feira, 16 de junho de 2008

"Mama always said life was like a box of chocolates.
You never know what you're gonna get."

[Tom Hanks, in Forrest Gump]

domingo, 15 de junho de 2008

Banda sonora desta tarde cinzenta e de trabalho...

"Adoro o campo as árvores e as flores
Jarros e perpétuos amores
Que fiquem perto da esplanada de um bar
Pássaros estúpidos a esvoaçar
Adoro as pulgas dos cães
Todos os bichos do mato
O riso das crianças dos outros
Cágados de pernas para o ar

Efectivamente escuto as conversas
Importantes ou ambíguas
Aparentemente sem moralizar

Adoro as pêgas e os pederastas que passam
Finjo nem reparar
Na atitude tão clara e tão óbvia
De quem anda a engan(t)ar
Adoro esses ratos de esgoto
Que disfarçam ao pilar
Como se fossem mafiosos convictos
Habituados a controlar

Efectivamente gosto de aparência
Imponente ou inequívoca
Aparentemente sem moralizar

Efectivamente gosto de aparência
Aparentemente sem moralizar
Aparentemente escuto as conversas
Efectivamente sem moralizar

Efectivamente….sem moralizar
Aparentemente…sem moralizar
Efectivamente"

[GNR - Efectivamente]

Afinal... o AMOR existe!


Ultimamente, tenho-me feito muitas vezes esta pergunta: Será que o AMOR existe?

Por vezes, em tom de brincadeira, dou por mim a tecer comentários do género "o amor é uma invenção, uma ilusão"...


Não estou a falar de sentir "amor", "paixão", "atracção", "desejo", "carinho", "amizade" (e outros diferentes tipos de amor) por outra pessoa... Isso existe, claro! Todos já sentimos estes sentimentos e as sensações que nos transmitem, sendo eles correspondidos ou não. Todos já sofremos, já regozijamos de alegria, já nos decepcionamos, já nos surpreendemos... com pessoas por quem nutrimos estes sentimentos.


Estou a falar de viver o AMOR, da partilha, da entrega, da cumplicidade, da segurança, da harmonia... do se sentir completo/a e feliz só por estar na presença da pessoa amada, sem precisar de falar, comunicando com a presença, com o olhar, com os gestos, com os silêncios... Sentir uma felicidade imensa ao adormecer e acordar com a pessoa em presença ou no pensamento... Sentir que a vida faz sentido, não só por nós próprios e pelos objectivos que delineámos individualmente, mas sobretudo pelo percurso que se vai construindo em conjunto com o outro...


Será que este AMOR existe? Não será uma invenção do Homem, insatisfeito por natureza, que procura sempre algo mais por que lutar? Não será o ideal a atingir e, como tal, algo que não existe concretamente, só na nossa imaginação?


Hoje, quando fui tomar o meu cafézinho de depois do almoço bem perto da minha quase-casa, deparei-me com uma imagem tão ternurenta, que denotava tanto amor, tanta partilha, tanta cumplicidade e harmonia... que dei por mim a comentar "Afinal, o AMOR existe!", com um grande brilho no olhar!


Era um casal já avançado na idade, deviam rondar os 70 anos de idade. A forma como se olhavam, o tom de voz com que falavam, a forma como cruzavam as mãos... a felicidade e a harmonia que transmitiam a quem os observava (como eu), fez-me pensar outra vez nesta questão e a concluir o seguinte:


Sim, o AMOR existe! Não é utopia! Não é invenção! Mas também não é fácil de o viver!

Cabe-nos a nós procurá-lo, cimentá-lo, construí-lo, alimentá-lo, mimá-lo... VIVÊ-LO na sua plenitude!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Parabéns a você!!!!!


Comemora-se, hoje, 120 anos do nascimento do meu poeta de eleição: FERNANDO PESSOA!
Que melhor forma de o homenagear do que partilhar um dos seus inúmeros belos e profundos pensamentos!

sábado, 7 de junho de 2008

Quem fala assim não é gago!

"Eu não sou especial coisa nenhuma. Eu considero-me um grande treinador de futebol, nada mais. Sou simplesmente bom naquilo que faço. Gosto de ser o melhor. Está no meu ADN."
[José Mourinho, Jornal de Negócios]
Contra factos não há argumentos!
Ele, na verdade, é GRANDE, BOM, o MELHOR naquilo que faz. Porque haveria de vir com falsas modéstias???? Não percebo por que causa tantas antipatias...
É FRONTAL, talvez um pouco ARROGANTE e PROVOCADOR em algumas situações, mas, acima de tudo, REALISTA!
E, claro, CHARMOSO que se farta! Tem um óptimo SENTIDO DE HUMOR e um MAU FEITIO daqueles! (se calhar é daqui que vêm as antipatias... e, quem sabe, o charme!)
Isto tudo somado só poderia dar o "Special One"!
:)
[Força, Mourinho!!!! Mostra aos Tiffosi quem manda!]

Urgentemente



"É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão, crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer."


[Eugénio de Andrade, "Urgentemente" in Poemas]

Desabafo...


Isto de trabalhar com miúdos é muito giro! A sério! É mesmo muito giro! Adoro o que faço!

Mas, quando chega a Primavera...
... ficam com as hormonas aos saltos e...
... esquecem-se das horas marcadas...
... não aparecem...
... dão-nos seca...
... e ainda dizem "Ah, eu enviei mensagem a avisar que não ia!" [estranho, não recebi nada...] ou "Desculpa, esqueci-me completamente!" :S

Até parece que sou eu que vou ter exame :S

[Vá, respira fundo, conta até mil... zeeeeeeen... ]

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Então eu seria uma criança feliz


"Se à segunda-feira se pudesse correr livremente pelos prados e as flores desabrochassem numa explosão de cor
Se à terça-feira se contemplasse o céu no seu mistério de um azul sem fim
Se à quarta-feira se retirassem as máscaras e a verdade brotasse
Se à quinta-feira a alegria entrasse nos corações
Se à sexta-feira todos se dessem as mãos
Se ao sábado os pais contassem aos filhos histórias de encantar
Se ao domingo a beleza do silêncio se renovasse em cada ser

Então eu seria uma criança feliz,
e a minha canção voaria por sobre as casas,
dançaria entre os ramos das árvores,
e à hora do crepúsculo repousaria sobre os mares do mundo,
tornada canção de embalar,
a encher de paz e de ternura os sonhos das crianças."

[Anónimo]

quinta-feira, 5 de junho de 2008

I'll be there

Este vídeo não é para ver, é para sentir!
É para ouvir de olhos fechados e... voar!
Foi o que fiz...

["I'll be there", Lenny Kravitz, live @ Rock in Rio Lisboa '08]

[Eu estava lá!]

For you...















[Fernando Pessoa, in Odes de Ricardo Reis]

quarta-feira, 4 de junho de 2008

As 6 coisas que mais odeio

1. Que traiam a minha confiança
Mentirem-me, enganarem-me... eis as piores coisas que me podem fazer!
A confiança é, para mim, o alicerce de toda e qualquer relação, seja ela de amor, de amizade ou até profissional. Como nos ensina a lei da física, sem alicerces sólidos, não vale a pena construir majestosos castelos ou grandes arranha-céus, pois mais cedo ou mais tarde eles desabam. Daí eu ser tão "fundamentalista" no que diz respeito a esta questão!
Se me querem ver pelas costas, minta-me, enganem-me e traiam a minha confiança.

2. Que me digam o que devo ou não fazer
Detesto quando me dizem "vem por aqui!", "faz isto!", "não faças isso!", "não sejas teimosa!"... nomeadamente quando a pessoa que mo diz não tem, aos meus olhos, "autoridade" e conhecimento de causa para o fazer.
Isto não quer dizer que não ouço o que os outros me dizem, nem que não sigo os conselhos que me dão. Depende de quem o faça e da forma como o faça.
Detesto prepotência, arrogância... e principalmente que se estejam a defender interesses que não os meus por detrás desses "conselhos"... detesto imparcialidade (isso não é nem nunca será amizade).

3. Que me façam perder tempo e energia
Desperdício... outra sensação que me deixa os cabelos em pé!
Sou uma pessoa muito empenhada e persistente, luto pelo que acredito e pelo que quero com todas as minhas forças. Quando me decido a fazer algo, faço-o e da melhor forma que for capaz (sou perfeccionista)... por isso mesmo, detesto a sensação de estar a perder tempo e energia com algo que não vai resultar, com algo que não me dá prazer, com algo que sei que não passa disso mesmo: desperdício!

4. Que me façam "promessas" que sabem que não vão cumprir
Sim, esta é outra coisa que odeio... E, infelizmente, cada vez menos as pessoas respeitam a palavra que dão. Aliás, existem pessoas que quando dizem que vão fazer uma coisa já sabem à priori que não o vão fazer e, claro, chegam à hora e "cortam-se". E muitas vezes dizem que não se tinham comprometido com nada, como se a palavra não bastasse! Isso deixa-me passada!
Infelizmente sou uma pessoa que cria muitas expectativas em relação às coisas e às pessoas, faço planos e acredito na palavra que me dão... e é muito mau quando essas expectativas saem defraudadas apenas porque não se cumpre aquilo que se diz.

5. Chegar atrasada e que cheguem atrasados
Ui... Detesto chegar atrasada, saber que alguém está a "apanhar uma seca" porque eu não fui capaz de gerir o meu tempo :S e detesto isso, principalmente porque sei como fico enervada e chateada quando mo fazem...

6. Que me sirvam café queimado e mal tirado
Adoro café, o sabor, o cheiro, as sensações que me transmite! É o meu pequeno vício!
Sou muito exigente no café: gosto dele forte, bem quente, cremoso e a saber a café, não ao queimado ou a borra. Quando vou a algum lado e me servem um café que não obedeça a estes requisitos, fico muito desiludida...

[Este post é o resultado de um desafio que um dos leitores deste blog me fez!
Não sou muito de mensagens-corrente, nem por carta, nem por e-mail, nem por telemóvel e nem por blog.
No entanto, achei piada ao tema da corrente e resolvi responder ao desafio. Contudo, não vou desafiar ninguém para o fazer, como disse não sou adepta de correntes. Se alguém quiser pegar no tema e auto-desafiar-se, tudo bem ;)]

A música do momento...


"Nobody ever had a dream round here,
But I don't really mind that it's starting to get to me
Nobody ever pulls the seams round here,
But i don't really mind that it's starting to get to me
I've got this energy beneath my feet
Like something underground's gonna come up and carry me,
I've got this sentimental heart that beats
But I don't really mind that it's starting to get to me

Now.."why do you waste my time?"
Is the answer to the question on your mind
And I'm sick of all my judges
So scared of what they'll find
But I know that I can make it
As long as somebody takes me home,
Every now and then...

Oh, have you ever seen the lights?
Have you ever seen the lights?

(...)

So "why do you waste my time?"
Is the answer to the question on your mind
And I'm sick of all my judges,
So scared of letting me shine
But I know that I can make it,
As long as somebody takes me home...
Every now and then
Every now and then

You know, I see London, I see Sam's Town
Holds my hand and let's my hair down
Rolls that world right off my shoulder
I see London, I see Sam's Town"
[The Killers, Sam's Town]
[Por que é que a Península Ibérica não está na Tour Europeia desta banda????? :(]

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A tradição já não é o que era...


E quando os príncipes se transformam em sapos???

Pois, antigamente, as princesas beijavam sapos e estes logo se transformavam em príncipes.
Nos tempos modernos, o mais comum é beijarem-se príncipes que logo se transformam em sapos.

E esta, hein???

Flashes da infância


"Dó, Ré, Mi, Fá, Sol...
Eu perdi o Sol da minha viola,
Da minha viola eu perdi o Sol,
Sonhar é muito bom, é muito bom,
Sonhar é muito bom, é muito bom,
É bom camarada, é bom camarada,
É bom, é bom, é bom,
É bom camarada, é bom camarada,
É bom, é bom, é bom,
É bom..."

Ontem, vinha eu no comboio, de regresso a casa depois de um fim-de-semana excelente na capital, quando uma miúda que vinha à minha frente começou a cantar esta canção!!!!
Quando dei por mim, estava eu, mentalmente (e não só), a fazer coro com ela!
Foi bom reencontrar a criança que sabia que ainda existia em mim!!!! :D

Espero que tenham tido um Feliz Dia da Criança!
[com ou sem crianças pequeninas à volta, mas espero que com a criança que existe em vós bem por perto!]

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Amor é... (8)


... entrega total!

"- Faz de conta que sou abelha.
- Eu serei a flor mais bela.

- Faz de conta que sou cardo.
- Eu serei somente orvalho.

- Faz de conta que sou potro.
- Eu serei sombra em Agosto.

- Faz de conta que sou choupo.
- Eu serei pássaro louco,
pássaro voando e voando
sobre ti vezes sem conta.

- Faz de conta, faz de conta."


[Eugénio de Andrade, Faz de Conta]

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Um destes dias... (2)


... vou meditar para a praia, ao pôr-do-sol...

Qualquer dia é dia!!!!!

[Hoje estou zen :) ]

terça-feira, 27 de maio de 2008

Música e estados de espírito (8)



Hoje apeteceu-me ouvir este CD da Mariza... (adoro a música dela, gosto de fado!!!!)

Vinha eu a conduzir, a caminho do trabalho...
O céu cinzento, o trânsito parado (obras :S), e dei por mim a sentir uma paz, uma tranquilidade...
- Porquê? - pensei eu, afinal estava numa fila de trânsito e já em cima da hora para uma reunião.
Quando me apercebi que era a música que estava a passar que me estava a transmitir essas sensações: O MEU FADO!

E é mesmo isso que estou a precisar neste momento, paz e tranquilidade!
Acho que o CD vai continuar no leitor durante mais algum tempo ;)

"Tenho saudades de mim, do meu amor mais amado,
Eu canto um país sem fim, o mar, a terra,
O meu fado, o meu fado, o meu fado, o meu fado..."